COPA DO BRASIL: Paraná x Internacional

Dados pré-jogo:
Paraná:
Fabiano Heves; Daniel Marques, Luiz Henrique e João Paulo; Ângelo, Jumar, Leo, Giuliano e Everton; Joelson e Fábio Luís

Internacional:
Clemer; Bustos, Índio, Orozco e Marcão; Magrão, Guiñazu, Roger (ou Gil ou Danny Morais) e Alex; Nilmar e Iarley

Local: Estádio Durival de Britto e Silva, em Curitiba (PR)
Data: 16 de abril de 2008, quarta-feira
Horário: 21h50min (de Brasília)
Árbitro: Sérgio da Silva Carvalho (DF)
Assistentes: Marrubson Melo Freitas (DF) e Fabricio Vilarinho da Silva (GO)
O jogo no ar: a RBS TV transmite ao vivo. A Rádio Gaúcha abre a jornada às 21h5min

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Acredito que o resultado deste jogo passa pelo "ou, ou, ou" na escalação do Internacional.
Se entrar Danny Moraes, o time recupera o esquema tático que vinha sendo utilizado até agora. Vale lembrar que foi este o esquema que rendeu o apelido de "Laranja Mecânica", os elogios - por parte da imprensa, torcida e adversários - e capa na revista Placar. Não é um esquema imbatível, como nada foi com excessão do grande Inter de 1979, mas é muito bom - o melhor para o Inter na minha opinião.
Na minha opinião, este deve ser o jogador a entrar. Com um primeiro volante mais fixo a frente dos zagueiros, Guiñazu e Magrão têm mais liberdade para sair para o jogo, oferecer soluções ao ataque e "flutuar" no meio-campo Colorado. E é justamente desta maneira que estes jogadores dão a maior contribuição possível para o time, é assim que se extrai o máximo destes dois meio-campistas. São justamente este jogadores os avalistas da "Laranja Mecânica". Não bastasse isto, Alex também continua com a liberdade de manter seu foco basicamente em procurar soluções ofensivas, deixando a marcação em segundo plano. Não é atoa que Alex é o goleador do Inter nesta temporada e está na briga pela artilharia no Gauchão 2008. Suas atuações neste ano passam pela escalação do meio-campo, e vale lembrar que é o melhor momento da sua carreira.

Entrando Roger, ele e Alex terão que dividir suas atenções entre atacar e marcar. Sem falar que Guiñazu ou Magrão terão que abdicar de se oferecer ao ataque Colorado, um deles terá que guardar posição - melhor que seja Magrão que faz esta função com mais eficiência e também não tem a mobilidade do Guiñazu. Tendo Magrão mais fixo, Bustos também terá que ter mais cuidado ao subir - como teve contra o Caxias, em que praticamente não apareceu no ataque.
Com isto o Inter perde não somente na defesa, mas também no ataque - justamente o setor que a pirori seria beneficiado com a entrada de mais um jogador de características ofensivas.
Vale lembrar também que Roger está devendo, não sei se por conta dos questionamentos que vem sofrendo ou por não ter tido trabalho de base, este jogador que tem muito potencial tem jogado de maneira extremamente individualista. Cria boas jogadas mas se esquece de passar a bola para um companheiro que possa tirar proveito dos espaços criados por este meia, acaba perdendo a bola, armando o contra-ataque adversário e dificultando ainda mais sua relação com a torcida Colorada.

O Gil seria o ala-esquerdo, posição do Guiñazu que então seria recuado para a função de primeiro volante. Esta eu acredito que esta seja a mexida mais temerária. Não pelo Gil, mas por colocar o Guiñazu na primeira função. Além de perder o dinamismo que o Guiñazu oferece, este jogador dificilmente guarda posição, é de sua natureza se oferecer ao time, seja para trabalhar a bola seja paa auxiliar na marcação. Porém o primeiro volante tem que ser um marcador frio e calculista, tem que esperar a hora certa de dar o bote, a hora certa de ir auxiliar o companheiro ou fechar os espaços - marcar sem a bola. Guiñazu é impulsivo, é inquieto, não aguenta a idéia de ver um companheiro seu tendo que trabalhar sozinho - justamente por isso é ídolo incontestável da torcida, com extrema razão! Só que infelizmente estas são características que podem atrapalhar sua tarefa de primeiro volante, pois deixará a frente da zaga desprotegida muitas vezes, por ir ao combate nas laterais quando não precisaria. Então perderíamos nosso principal trunfo no meio-campo - o Gigante Guiñazu - sem ter uma contrapartida a altura na primeira volância, nem um acréscimo tão grande por ter Gil na ala.

Claro que na hora da bola rolar estes dois últimos esquemas podem funcionar maravilhosamente bem e voltarmos pra casa praticamente classificados, mas acredito que sejam o caminho mais difícil para se alcançar este objetivo.

Tá na mão do Abel. Vamo que vamo!