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segunda-feira, 16 de junho de 2008

Transição Colorada: vitórias ou mais um jejum de anos?



Não há como separar as coisas e quando se fala em Internacional o assunto nos remete logo aos títulos internacionais recentemente conquistados pelo Colorado. Este mesmo fator era percebido quando se falava em Inter há alguns anos atrás, remetendo a conversa para a década de 70 representada pelo “esquadrão” de Falcão e Cia. O que não pode acontecer é um Clube da magnitude e do tamanho do Internacional ficar lembrando por mais vinte anos somente por glórias e vitórias de um passado distante, sem conquistar nada de peso e de reconhecimento notório.

As recentes saídas de símbolos Colorados como Abel Braga, Iarley e Fernandão remete a torcida a uma idéia fixa: Ficaremos agora por mais vinte anos sem grandes conquistas no Beira-Rio? Esta dúvida justifica-se pelo desmanche do grande Inter anos 70, ocorrido no princípio da década de 80, transição esta muito semelhante ao que acontece agora com a saída de Falcão naquela oportunidade. Mas e o “depois”? Qual será o resultado desta vez?

De lá para cá o futebol evoluiu e muito, seja dentro de campo e administrativamente, elevando a dificuldade dos trabalhos de uma entidade esportiva do nível em que se encontra o Colorado muito mais do que existia no passado, no entanto este “profissionalismo” todo e a “globalização” inerentes do processo e da qual me refiro não se resume aos limites do Rio Grande do Sul, afetando a todos os demais Times de Futebol do planeta inteiro.

Futebol vitorioso é sinônimo de dinheiro e investimento só existe onde há conquistas, visibilidade e credibilidade. Receosos pelo afastamento da torcida e dos investimentos no Clube, desencadeada principalmente por um novo jejum de conquistas, a Diretoria Colorada se manifesta agora tratando do assunto em teor de despedida mesmo, agradecendo seus profissionais que desempenharam um dos momentos mais vitoriosos da história do Inter, porém, busca-se ovacionar os recém chegados, respaldando-os de sua plena confiança e de crível irrestrito.

Trazer Fernando Carvalho é mais do que resgatar um ídolo! O “eterno” presidente de volta ao quadro diretório da gestão Vitório Píffero significa “oferecer” para o torcedor a certeza de que um trabalho de qualidade e responsabilidade será realizado neste momento.

Fernando Carvalho sabe, mais do que ninguém, que o torcedor é o maior e mais importante patrimônio que um Clube de Futebol pode ter e esse foi o caminho que o mesmo encontrou para realizar sua gestão vitoriosa no Beira-Rio concomitantemente a um fortíssimo investimento na base, servindo de alicerce para os quatro anos que se seguirão naquela oportunidade em que era presidente do Inter. Manter e agregar um número maior de torcedores depende de títulos, mas para isso, a transição foi o caminho escolhido para tal. A ressaca de 2007 no pós Mundial não poderia se repetir neste ano, pois com o grupo que tem, com a estrutura oferecida para desenvolver os trabalhos e o nome re-conquistado no cenário futebolístico, o resultado não pode e nem deve ser outro senão TÍTULOS!

Carente de ídolos a torcida não está e a “velha guarda” se encontra ainda bem representada por nomes de peso dentro de campo como Alex, Clemer, Edinho e Índio, assim como alguns nomes já merecem destaque neste contexto como Magrão e Guiñazú, mas a saída do maior deles do Inter é o reflexo imediato de que a “era Campeã Mundial” chegou ao fim.

Fernandão deixa o Beira-Rio não para vôos maiores em sua carreira, mas sim para agregar valores ao seu patrimônio particular, assim como Abelão assim o fez. A Direção sabe que não se pode mais “falar” em passado e nem viver o presente pelas glórias de uma “era” que já passou pelo Inter. De nada adianta lamentar as dores e as insatisfações de uma transição, pois o momento agora é de se pensar no futuro e o projeto “Centenário com 100 mil sócios”, para se efetivar em sucesso, deve ser acompanhada de conquistas... para isso, vencer o Brasileirão ou a Sulamericana, somado a uma vaga para a Libertadores do ano que vem é fundamental, sob pena de criarmos mais uma legião de torcedores que vivem de glórias e vitórias de um passado cada vez mais distante.

Por fim, a dita “transição” se resume somente ao campo de jogo e sua Comissão Técnica, pois a filosofia administrativa continua sendo a mesma e aplicada pelos agentes da “era Campeã Mundial”, responsável por re-erguer o Internacional; agora nos resta saber se estes homens viverão do passado (vide anos 80/90) ou trabalharão seus projetos pensando no futuro.

Saudações Coloradas

2 pessoas comentaram:

jo disse...

crise é pra quem não tem caneco no armário:nós temos 2 e poderemos ter 3 ou 4 só neste ano!Por enquanto está boa a transição já que clube como o inter não pode deixar de dar volta olimpica pelo menos uma vez ao ano

Anônimo disse...

Rafael.
Li atentamente o teu post e a minha preocupação é a mesma. O Inter não pode perder o foco nas vitórias e títulos. Só é grande, se se mantém grande. Espero que o retorno do Fernando Carvalho dê uma injeção de ânimo e ambição na diretoria e no clube como um todo. Saudações.